Uma triste historia...
O que um dia já foi o museu de carros mais importante da América Latina, hoje está se transformando em um ferro-velho de antiguidades. Ele pertencia ao empresário Roberto Lee, casado com uma herdeira da família Matarazzo. O museu foi criado em 1963, na capital, e no ano seguinte, transferido para uma fazenda em Caçapava. Pelos galpões, circulavam visitantes de todo o país para ver um acervo de 150 carros, gravuras e miniaturas. Com a morte de Roberto Lee, em 1975, teve início a decadência do museu. Hoje os carros estão amontoados, cobertos por ferrugem e poeira. Alguns, totalmente deteriorados pela ação do tempo. Devido ao telhado danificado, a água da chuva fica empossada ao redor dos veículos. Em meio ao monte de ferro-velho há uma relíquia. Um Tucker, carro considerado revolucionário, fabricado em 1948, nos Estados Unidos. Foram feitos apenas 50 exemplares e a história do modelo até virou filme. Segundo colecionadores, apenas dois exemplares estão fora dos Estados Unidos. Um está no Japão e esse de Caçapava. Um Tucker pode custar até US$ 500 mil. O acervo de 97 carros, motores, miniaturas e gravuras do Museu Paulista de Antiguidade foi tombado pelo Condephat em 1982. Por meio de decreto, o Estado o considerou de utilidade pública. A prefeitura de Caçapava até pensou em reativar o local, mas considerou financeiramente inviável.
Segue abaixo algumas fotos tiradas em 2008...
O estado em que se encontram os restos dos carros do falecido Roberto Lee revoltam qualquer interessado no assunto. Ver é sempre pior do que saber, e as fotos abaixo são para corações fortes.
Como este descaso pode acontecer logo em São Paulo, o Estado mais rico da federação, berço de nossa indústria automobilística e do antigomobilismo e lar dos maiores colecionadores de automóveis do Brasil e do maior encontro de automóveis antigos da América Latina? Como pode?
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Realmente, é uma tristeza de ver tais relíquias sendo deterioradas pelo abandono. Adoro tudo o que é antigo, sobretudo carros. Frequentei a escola primária de carona com uma vizinha que tinha uma rural vermelha. Nunca me esqueço de como era confortável e espaçosa. Hoje quem tem não faz uso e se venderem pedem muito caro. Claro que não faz sentido andar numa cidade como SPaulo, mas em cidades como a que eu moro, Marialva/Pr, seria um espetáculo. Parabéns pelo blog, Virgílio. Abraços
ResponderExcluirLiga para os camaradas do program de restauro de veiculos do History chanell!?!?
ResponderExcluirQuem sabe eles ....