Um projeto nacional produzido por João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, um dos mais visionários da nossa indústria, o Gurgel Motomachine revelava para os visitantes do Salão do Automóvel de 1990 uma inovadora forma de transporte urbano particular.
O MotoMachine tinha como principais atrativos a economia, tanto nas dimensões como no consumo. Mas essa frugalidade não escondia sua faceta de pequeno sedutor: teto rígido removível, outro de lona, estepe exposto na traseira e laterais envidraçadas (na verdade, de acrílico) faziam parte do arsenal para conquistar o público descolado. Seu conceito, reforçado pelo nome, era trazer a experiência de pilotar uma moto para um carro que pudesse rodar fechado.
O resultado pode não agradar a todos, mas é difícil negar sua originalidade. Tecnicamente o MotoMachine derivava do BR-800, o primeiro carro com tecnologia 100% brasileira. Ele era construído sobre um chassi hexagonal. Seu motor de dois cilindros e 0,8 litro entregava modestos 34 cv e 6,6 mkgf. O cambio adotado para este modelo foi o do Chevette
O MotoMachine tinha como principais atrativos a economia, tanto nas dimensões como no consumo. Mas essa frugalidade não escondia sua faceta de pequeno sedutor: teto rígido removível, outro de lona, estepe exposto na traseira e laterais envidraçadas (na verdade, de acrílico) faziam parte do arsenal para conquistar o público descolado. Seu conceito, reforçado pelo nome, era trazer a experiência de pilotar uma moto para um carro que pudesse rodar fechado.
O resultado pode não agradar a todos, mas é difícil negar sua originalidade. Tecnicamente o MotoMachine derivava do BR-800, o primeiro carro com tecnologia 100% brasileira. Ele era construído sobre um chassi hexagonal. Seu motor de dois cilindros e 0,8 litro entregava modestos 34 cv e 6,6 mkgf. O cambio adotado para este modelo foi o do Chevette
Para suas dimensões, o Motomachine possui espaço suficiente para não espremer seus dois ocupantes. Há um banco atrás, ao estilo 2+2, que também é portamalas. A capota de lona fica atrás do encosto desse banco, num porta-trecos. Ainda tem um teto de lona chamado de tampa careca, que cobre apenas a cabeça do motorista e do passageiro.O para-brisa rebatível para cima das primeiras unidades teria sido abolido porque o Detran passaria a exigir óculos de proteção para o carro trafegar sem ele. Na baliza, as vigias de acrílico revelam-se providenciais, ajudando a ver a distância até o meio fio. Os racionados comandos são de origem VW. A leveza da direção a faz parecer hidráulica e o câmbio de quatro velocidades tem engates precisos.
Falta torque em baixas rotações, algo esperado de um par de cilindros que soa, previsivelmente, como motor de moto. “O escapamento do MotoMachine tinha menos silenciadores que o dos outros Gurgel de mesmo motor.” O excesso de plástico do interior é outra fonte de ruídos. Dura para compensar a leveza do veículo, a suspensão não raro maltrata os ocupantes, mas mantém a estabilidade em curvas.
Não se sabe ao certo quantos foram feitos, mas há quem afirme que chegaram a 177. Entre bugues, jipes, veículos elétricos, minicarros e o primeiro automóvel 100% nacional, a Gurgel produziu alguns dos mais interessantes carros do país. Nenhum deles, no entanto, conseguiu aliar tanta versatilidade e diversão quanto o camaleônico MotoMachine
O modelo fotografado é do ano de 1991 e pertence ao amigo Roberto Ney S. Silva, residente em SJC, que gentilmente se dispos a mostrar toda a versatilidade deste veiculo e que mostro em detalhes nas fotos abaixo.
Roberto, obrigado pela oportunidade. Valeu!
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